A energia do dinheiro está vinculada à ideia de que o dinheiro tem uma qualidade que vai além de sua função como meio de troca. Essa perspectiva normalmente é apresentada por crenças e filosofias que exploram a relação entre o dinheiro, a mente e o bem-estar geral. Vamos ver aqui algumas perspectivas comuns sobre a energia do dinheiro e como você pode utilizá-la a seu favor.
O que é riqueza
Energia de troca
Lei da atração
A nossa responsabilidade sobre a situação
Abundância e escassez
Investimentos conscientes
Filantropia e doações
Relação com o trabalho
É errado ser rico
Riqueza interior
1. O que é riqueza
Riqueza é aquilo que conquistamos, por nosso próprio mérito e que, mesmo se perdermos, temos todos os meios para reconquistar.
Sem isso, os prêmios da loteria, as heranças e outros prêmios se esvaem como areia na peneira, e o ganhador/beneficiário não consegue manter o que conquistou.
Quando aprendemos o caminho para a abundância, sem falcatruas e truques sujos, podemos tomar qualquer outra vertente que sempre saberemos como retornar ao caminho principal. Colocar muito dinheiro nas mãos de pessoas que não sabem como lidar com essa energia é mais um fardo do que um prêmio.
Imagine que você aprendeu a construir uma cadeira muito bonita e presenteou-a a alguém. Esse alguém, por alguma fatalidade, quebrou a cadeira que ganhou. Você aprendeu a fazer cadeiras e pode fazer quantas quiser. Mas e a pessoa a quem você deu a cadeira? É muito provável que ela não saiba consertar o presente que ganhou, tampouco construir outra cadeira. Esta é a lógica.
2. Energia de troca:
Muitas culturas e sistemas econômicos veem o dinheiro como uma representação de valor e trabalho. Nesse contexto, a energia do dinheiro está ligada ao esforço investido para consegui-lo e à percepção do valor associado a bens e serviços.
Mas o dinheiro não é só uma moeda de troca. A forma como lidamos com ele nos define muito mais do que imaginamos.
Vendemos nosso tempo em troca da quantidade de dinheiro combinada por um serviço, mas se não cumprimos com a nossa parte na permuta (trabalhamos mal, não trabalhamos ou prejudicamos a outra parte), inconscientemente estamos afirmando para nós mesmos que não mereces aquele dinheiro que recebemos de forma “ilícita”, porque vendemos nosso tempo de trabalho, mas não o entregamos, guardando-o para nós mesmos.
3. Lei da atração:
Os defensores da lei da atração acreditam que a energia que você emprega em relação ao dinheiro influencia a quantidade, a qualidade e a constância do dinheiro que você atrai para a sua vida. Pensamentos positivos e uma atitude de abundância podem atrair mais prosperidade financeira por mais tempo, ou para sempre.
Dessa forma, as nossas intenções modelam as energias, e a importância que damos a determinadas coisas e situações transmite essas energias atraindo para a nossa realidade aquilo a que dispensamos maior apreço, seja este sentimento distorcido ou não.
Manifestamos tudo aquilo com o que estamos em sintonia, aquilo a que dedicamos nossos pensamentos e emoções mais desesperados. Entender isso é o primeiro passo para dominar a energia da abundância e da prosperidade.
4. A nossa responsabilidade sobre a nossa situação
O nosso crescimento emocional passa, invariavelmente, pelo desenvolvimento da responsabilidade.
Deixar de culpar pessoas, situações e outros fatores pelos nossos fracassos e dificuldades é uma forma de assumir as rédeas da nossa vida e declarar ao mundo o quanto somos capazes de realizar o que desejamos. Caso contrário, nem mesmo os nossos acertos poderiam ser computados a nós.
Se reclamar resolvesse algo não haveria tanta dificuldade e sofrimento no mundo. Assuma a responsabilidade pela sua vida e aja.
Assumir as rédeas da nossa própria situação financeira é um imperativo que transcende a mera busca de riqueza material. É um compromisso com o nosso próprio desenvolvimento. Diante das escolhas que fazemos diariamente, cada um de nós desempenha um papel de fundamental importância na construção do nosso próprio destino, inclusive o financeiro.
A responsabilidade sobre a nossa situação começa pela conscientização dos nossos hábitos financeiros. Refletir sobre como gastamos, economizamos e investimos é o primeiro passo para entender a dinâmica da nossa relação com o dinheiro, identificar padrões, detectar áreas de melhoria e tomar decisões embasadas para o nosso futuro.
Além disso, é importante cultivar a educação financeira. Conhecer os princípios básicos de gestão financeira, investimentos e orçamento nos ajuda a tomar decisões financeiras mais inteligentes e facilitar nossa jornada.
Estabelecer objetivos tangíveis, como criar uma reserva de emergência, quitar dívidas ou investir para o futuro, nos ajuda nas nossas escolhas financeiras diárias. Esses objetivos servem como pontos de referência para inspirar a disciplina e a determinação que precisamos para alcançar resultados positivos.
Assumir a responsabilidade sobre a nossa situação implica em reconhecer que somos os principais arquitetos das nossas vidas e que temos o poder de transformar desafios em oportunidades.
Assumir a responsabilidade sobre a nossa situação é um convite para sermos protagonistas da própria nossa história.
5. Abundância e escassez:
No intricado tecido das nossas relações com o dinheiro, dois conceitos antagônicos emergem com frequência: abundância e escassez. Para entender e dominar a energia do dinheiro é necessário fazer uma exploração consciente desses dois estados, pois ambos desempenham um papel de extrema importância em nossa jornada financeira.
A mentalidade de escassez muitas vezes nos envolve em uma teia de preocupações e medos em relação à escassez de recursos. A sensação de que há sempre uma falta, de que jamais teremos o suficiente, pode criar um ciclo autossustentável de ansiedade. Essa mentalidade limitante se manifesta em decisões financeiras baseadas no medo, como evitar alguns investimentos ou poupar excessivamente, com desespero. Nesse estado, o dinheiro é percebido como um elemento finito, e a ideia de prosperidade parece inatingível ou impossível de manter.
Em contrapartida, a mentalidade de abundância reconhece a possibilidade de crescimento, conquista e prosperidade. Percebemos que o universo é vasto e que há oportunidades ilimitadas para criar riqueza e compartilhá-la com os outros. Quando cultivamos uma mentalidade de abundância, o dinheiro deixa de ser um recurso limitado e se torna uma energia fluida, que circula livremente em nossas vidas.
A transição da mentalidade de escassez para a mentalidade de abundância envolve uma mudança profunda na percepção e nas crenças que carregamos durante a vida. Primeiro é preciso reconhecer e agradecer pelo que já temos, em vez nos concentrarmos exclusivamente no que nos falta.
Para quem gosta da prática, a visualização criativa é uma ótima técnica para ajudar no processe de atrair abundância. Quando imaginamos de forma vívida a realização de nossas metas financeiras (e não só delas), estamos moldando a energia do dinheiro de acordo com as nossas intenções. Essa prática fortalece nossa confiança e atrai situações e oportunidades alinhadas com a nossa visão. Aqui é importante destacar que atraímos aquilo em que colocamos nossa energia. Sendo assim, cuidado com o que você deseja!
Dominar a energia do dinheiro não se resume a acumular riqueza material, mas também a cultivar uma relação saudável e equilibrada com os recursos financeiros que entram e saem da nossa vida o tempo todo. Quando conseguimos encontrar o equilíbrio entre a administração prudente e a generosidade, transcendemos a dicotomia da abundância e da escassez.
Dominar a energia do dinheiro é uma jornada de autodescoberta que exige paciência e persistência.
6. Investimentos conscientes:
Algumas pessoas acreditam que multiplicar o dinheiro é algo exclusivo dos investimentos. É verdade que a escolha de bons investimentos é fundamental para que se possa colher frutos e aumentar cada vez mais o “pomar”. Aplicar em projetos alinhados com valores pessoais e éticos é, por exemplo uma das maneiras de alinhar a energia do dinheiro à sua própria energia.
No entanto, aplicar de forma consciente o dinheiro que você, de alguma forma, atraiu para você (mesmo que por herança ou prêmio de loteria), demonstra responsabilidade e respeito pela sua trajetória, pelas suas conquistas e pelo seu futuro.
Poupar é, acima de tudo, uma das maiores declarações de abundância que você pode fazer para si mesmo e para o mundo, e isto independe do valor que você poupa. Com esta ação você está afirmando que recebe/tem mais do que o que necessita para a sua subsistência, sua vida é abundante e fértil. Esta é, sem dúvida, uma afirmação muito forte de riqueza.
Não é à toa que dizem que “dinheiro atrai dinheiro”.
7. Filantropia e doações:
Contribuir para causas que você considera importantes é uma maneira de canalizar a energia do dinheiro para ajudar a sociedade e, consequentemente, a si mesmo. Mas não faça isso obrigado e com raiva. Esta é uma ação que precisa nascer em nós.
Mas não é só isso. A doação é uma das, ou talvez a mais forte declaração de riqueza e abundância que existe. Quando doamos convictos e de coração, estamos afirmando especialmente para nós mesmos e para o mundo que somos ricos, que nossa vida é abundante, que temos sempre mais do que precisamos.
Por outro lado, doar com pena, com a convicção de que você está tirando da sua vida algo que jamais será reposto, é uma forma de afirmar o contrário: sou pobre e jamais conseguirei conquistar de novo o que eu “perdi” com esta doação.
É claro que, assim como tudo na vida, é fundamental doar (ou doar-se) com responsabilidade e bom senso. Esta é a chave.
8. Relação com o trabalho:
A maneira como ganhamos nosso dinheiro e nossa relação com o trabalho podem influenciar a energia associada a ele. Trabalhar em algo que consideramos relevante e gratificante certamente trará uma energia positiva para o dinheiro que “trocamos” pelo nosso tempo. Se o trabalho pesa para nós, o dinheiro também pesará e poderá gerar um sentimento pernicioso de árdua escassez.
Mas nem sempre conseguimos escolher em que trabalhar. A solução aqui é encarar o trabalho atual como um degrau importante naquela etapa da vida, ser grato por ele, e empreender os esforços necessários para passar de um degrau para outro. Se considera que você é melhor do que o trabalho que desempenha, que merece ganhar mais, significa que você não cabe mais nele. Talvez seja hora de seguir em frente e buscar algo que estimule o seu crescimento.
É importante estar ciente também de que as perspectivas sobre a energia do dinheiro variam muito e são influenciadas por fatores culturais, espirituais, filosóficos e pessoais. Cada indivíduo pode ter sua própria interpretação e relação exclusiva com a energia do dinheiro com base em suas crenças e experiências pessoais.
Por exemplo, em algumas culturas, as pessoas dizem que “ganharam dinheiro”. Em outras, as pessoas dizem que “fizeram dinheiro”. A diferença pode parecer sutil, mas ela molda a nossa percepção de forma muito mais profunda do que conseguimos perceber conscientemente.
9. É errado ser rico?
Explorar a ética da riqueza é adentrar em um debate complexo, muitas vezes moldado por valores pessoais, culturais e filosóficos.
A riqueza em si não é moralmente boa nem má. É uma ferramenta neutra, uma forma de energia que pode ser direcionada para diversas finalidades. O julgamento moral sobre a riqueza geralmente está ligado à maneira como ela é adquirida e utilizada. Se a riqueza é acumulada de maneira ética, respeitando os direitos e necessidades dos outros, não há nada intrinsecamente errado em ser rico.
Em outro aspecto do assunto, algumas interpretações de textos religiosos, como o da passagem da Bíblia que afirma ser mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha do que um rico entrar no reino de Deus, levou à crença de que os ricos têm menos chance de chegar ao paraíso do que os pobres.
Este tipo de crença reforçou o culto à pobreza como virtude, e nos colocou no papel de pedintes. Passamos a vida implorando por milagres, empregos, amor, dinheiro, sem nos darmos conta de que tudo isso podemos conquistar direcionando nosso tempo, nosso pensamento e nossas ações para o que desejamos.
As crenças limitantes, como a citada acima, trouxeram muitas afirmações populares prejudiciais sobre o dinheiro, por exemplo: o dinheiro é a raiz de todo o mal; dinheiro não traz felicidade; se é rico é porque roubou; dinheiro não dá em árvore; não preciso de muito para viver; nasci pobre, morrerei pobre; não faz mal tirar de quem muito tem; dinheiro não é tudo na vida; mais dinheiro, mais problemas; quem muito abraça, pouco aperta; quem tudo quer, tudo perde etc.
10. Riqueza interior
A riqueza transcende os meros números em uma conta bancária. É uma expressão do bem-estar que vai além do material, do físico. Para alguns, é a capacidade de desfrutar de experiências relevantes, enquanto para outros, é a liberdade de escolha e autonomia.
Além dos ativos tangíveis, a riqueza reside também na qualidade das relações, na saúde mental e na busca por propósito. O verdadeiro rico é aquele que tem a alma próspera e transborda essa prosperidade e abundância para todas as suas relações consigo mesmo e com os outros.
Mãos à obra e Caminhe Bem!
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